O ruído pode te cegar.

Silêncio.

15 anos atrás, você tinha um baixo acesso a informação e uma alta complexidade em busca para essas respostas.

Precisa estudar? Vai em um biblioteca, aluga uma enciclopédia, navega ao longo de 1200 páginas para quem sabe, encontrar a resposta.

Discussões de Bar: Em que ano o Ronaldinho Gaúcho fez aquele gol olímpico na copa? A pauta virava discussões por horas, com duas ou mais pessoas tentando provar seu ponto de vista e que estão perto.

Hoje, você joga no Google e tem a resposta em segundos. Isso tudo me lembra uma música, de Scracho e Forfun que diz:

Tudo se acelera na era da informação
As relações e os costumes
A alegria e a solidão
O tempo é mais curto
A distância é mais curta
Porém muito se fala, pouco se escuta
É querer abraçar o mundo com o seu coração
Mas calma, o processo, o caminho, a depuração
De seis bilhões de almas que aspiram por ela
Na busca sublime que dá sentido a vida
Ela tudo contém, mas em nada está contida

De quem é a culpa?

O instinto natural é culpar a tecnologia: O problema é o Instagram! As redes sociais estragaram as relações humanas.

Mas será mesmo?

As redes sociais, nada mais fazem, do que simular as relações humanas. O tal do algoritmo, nada mais é do que uma simulação de como convivemos em sociedade —seguindo inclusive, princípios de sociologia

O perigo do hiper estímulo.

O tempo todo existe uma pessoa te dizendo o que você tem que fazer. A culpa são dessas pessoas? Não.

Essas pessoas, precisam fazer isso.

O coach que você detesta, ao produzir conteúdo em um grau de profundidade, não teria engajamento.

As plataformas, ao notar que o engajamento caiu, reduzem a relevância do mesmo e criam um efeito cascata.

Mas é importante entender uma coisa: As pessoas não sabem tomar decisões por conta.

E elas procuram, no coach ou na blogueira, que talvez você deteste, uma segurança para suprir uma insegurança da mesma.

Mas afinal, qual o perigo e a consequência desse caminho? Cito mais uma vez, uma música, de Teatro Mágico que diz “eu não sei, na verdade quem eu sou”

Até quando você vai viver no automático, ouvindo pessoas que nem se importam verdadeiramente com você e só querem te vender algo no final?

Não estou dizendo que a venda é feia, muito pelo contrário. Eu costumo dizer que não vender nada é um ato de egoísmo. Quando uma pessoa compra uma consultoria, um curso, uma mentoria ou contrata um serviço ela pode mudar de vida.

Você pode ser o instrumento de transformação na vida de pessoas que você não faz ideia do quanto precisam de você

Você não precisa ser o melhor do mundo no que você faz para isso, você só precisa saber mais que 01 única pessoa.

E talvez, você nem precise dessa pessoa. Compare-se com você mesmo(a) 2 anos atrás, é difícil ver a evolução quando você só olha onde quer chegar e esquece de onde veio.

Se você tem algo a agregar para essa única pessoa, você pode vender algo e consequentemente ser instrumento de transformação da vida da mesma.

O palco esconde o terror dos bastidores

Nos últimos anos eu tive a oportunidade de conhecer os bastidores dos maiores de seu mercado, as maiores referências, os maiores players e o que acontece quando a cortina fecha é assustador.

Quando você vê alguém sorrindo, no palco, realizado. Quando você vê o recorte da vida de uma pessoa, você não faz ideia do que pode estar acontecendo nos bastidores.

Pessoas que quebraram suas empresas falando sobre sucesso.

Pessoas em profunda depressão falando sobre saúde mental.

Pessoas não podendo pedir socorro porque precisam parecer fortes.

Já dizia Chorão: Parecia inofensiva mas te dominou —música que fala sobre o vício em drogas

Ou Chester Bennington, sorrindo em um vídeo horas antes de tirar a própria vida.

Na internet, todo mundo parece ter a vida melhor que a sua e eles não fazem isso porque querem: Eles fazem isso porque precisam.

Existem pessoas ganhando menos que você que parecem ganhar mais.

Existem pessoas infelizes com a própria vida sorrindo o tempo todo

Wake up, Donnie

E a pergunta que fica é: O que eu faço com tudo isso?

O maior aprendizado desse conversa é a reflexão: Pergunte a você mesmo se você não está comparando com algo irreal.

Pergunte a você mesmo se você não está comprando uma verdade que não é a sua mesmo. E mais uma vez, citando Universo, do BK:

Esse é o mundo real, onde reis sentem medo
Deuses não aguentam o peso, vontade se perde em desejo
Mas eu sei como o universo funciona, seus motores, seus fios
Seus amores, seus filhos, condutores e conduzidos, ok?

Qual foi a última vez que você ficou em silêncio e longe de estímulos externos(celular, tv, pessoas)?

Talvez a melhor mudança que você precisa para a sua vida é essa: Acordar e ouvir a sua verdade.